Editorial GA v7 n3 2004

 

Editorial
Katia Siqueira de Freitas
Editor GA.
 


   Prezados leitores,

 

Estamos encerrando mais um ano de publicação, pensando no percurso passado e no percurso futuro. Como será o próximo ano? que mudanças estaremos enfrentando em 2005? Em que direção a produção científica acontecerá? Como serão os artigos? Que temas escritores e leitores privilegiarão? Que caminhos o Conselho Editorial e o Comitê Científico da GA definirão? Estas reflexões permeiam os diálogos entre nossos colegas colaboradores, pesquisadores e professores, formadores de formadores em educação.

 

Esses pensamentos decorem do diálogo travado ao longo de 2004 e trazem a baila razão e sentimentos vivenciados. A separação entre razão, religião, sentir, pensar e fazer floresce com a emancipação da ciência como manifestação da razão pura. Mas, a essência da natureza humana envolve também o emocional e a satisfação das pessoas com suas atividades. Desse modo, numa dada situação, o ser humano age e reage com o intelecto e com sentimentos de prazer ou desprazer. A objetividade científica continua sob discussão e com freqüência a literatura retoma a discussão sobre a subjetividade nas ações aparentemente mais objetivas. Essas relações estão contempladas em alguns dos textos deste número.

 

Ligando emoção, sentimento, espiritualidade e ação, o artigo do professor Robert Girling fala sobre liderança, fontes de inspiração espiritual, valores e a intrigante pergunta de Davidson: como poderemos estar completamente engajados no trabalho e ainda sermos livres? Este desafio persegue algumas gerações de filósofos e trabalhadores dedicados ao tema. A satisfação no trabalho é estudada por Jerônimo Silva que busca entender fatores que influenciam a percepção que  trabalhadores da educação têm sobre o tema e relaciona as  prioridades de especialistas e gestores escolares. Em linha de trabalho semelhante, Geida Sousa relaciona o ser pesquisador com a dimensão afetiva, refletindo sobre as diversas concepções que permeiam o aprender e o aprendente e defendendo que a atividade de pesquisa perpasse todo curso de formação de professores já na graduação. Maria Teresa Souza discute a função social da escola do ponto de vista do objeto científico e do objeto social. Sônia Gondim, Alexandra Bunchaft e Fernanda Brain analisam qualitativamente os requerimentos do mercado tendo em vista o desenvolvimento de qualificação e competências, a relação com os cursos profissionalizantes e seus anúncios. Elas afirmam que a proliferação desses cursos “nutre-se da incerteza que o trabalhador vivencia atualmente”.

 

Liliana Jabif  pesquisou  como escolas públicas baianas em contextos de pobreza desenvolvem  a aprendizagem de  seus alunos. O último artigo decorreu de uma pesquisa sobre o Estado da  Arte em Gestão e Participação na Educação Básica, compreendendo o período de 1990 a 2002. Os autores focalizaram  a ocorrência de referências aos mecanismos de distribuição de poder.

 

Encerrando este número, apresentamos uma polêmica correspondência que ocorreu entre o coordenador da pesquisa sobre FUNDEF, publicada na Gestão em Ação, v.6,  n.2  de 2003, e  Secretaria  Municipal de Educação de Salvador (SMEC) com relação a acuidade e o entendimento das informações por parte de um dos pesquisadores que teve seu texto veiculado nos volumes e número referidos. A publicação dessas correspondências atende a solicitação da Subsecretária de Educação da SMEC. Estamos, pois, oferecendo o direito democrático de resposta aos informantes da pesquisa e aos pesquisadores necessário instalar o ACROBAT, programa gratuito da Abobe, disponível em http://www.adobe.com

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