A importância da avaliação
na arena das políticas públicas é, hoje em dia, inegável. É cada vez
mais evidente a necessidade de informações, cientificamente embasadas,
para promover transparência, garantir responsabilidade e subsidiar a
tomada de decisões. Nos anos recentes, o papel imprescindível da
avaliação tem ficado ainda mais evidente com o fortalecimento da idéia
do estado regulador e a crescente utilização do mercado como mecanismo
para alocar recursos econômicos e sociais. No campo da Educação, o
papel da avaliação tem tornado especialmente marcante, tanto dentro do
Brasil como fora dele, para assegurar padrões mínimos de eficiência,
eficácia e efetividade. Tal ênfase na temática considera não apenas a
avaliação do aluno na sala de aula, mas também a avaliação do sistema
maior e do seu componente mais básico – a escola. Assim, tanto o foco
da avaliação da educação (aluno, escola, sistema, etc.) como suas
finalidades (julgar, fornecer feedback, fundamentar a escolha de
políticas apropriadas, etc.) tem múltiplas expressões no cenário
atual. As estratégias e metodologias associadas a cada foco, a cada
finalidade, são também imensamente diversas. Portanto, para
compreender o campo da avaliação educacional e contribuir para a
melhoria e aperfeiçoamento das atividades nele envolvidas, é preciso
avaliar a própria avaliação educacional, mapeando suas diferentes
modalidades e abordagens e examinando os pontos positivos e negativos
de cada uma, de forma analítica e critica.
Foi com o intento de
contribuir para a avaliação da avaliação educacional que a Sociedade
Brasileira de Educação Comparada-SBEC, em ação conjunta com a Agência
de Avaliação UFBA/ISP-FAPEX, e com o apoio do Núcleo de Avaliação do
ISP/UFBA, promoveu, no dias 29 e 30 de novembro de 2001, a Reunião
Anual da SBEC, com o tema "Tendências Nacionais e Internacionais na
Avaliação Educacional do Terceiro Milênio". Os nove artigos aqui
publicados são produtos do referido encontro. Acho que o leitor vai
concordar que, no seu conjunto, os textos atendem plenamente aos
quatro objetivos formais do evento, que foram (a) discutir, em
perspectiva comparada, as atuais tendências nacionais e internacionais
na avaliação educacional, (b) apresentar experiências na área de
avaliação educacional, (c) debater as alterações que a avaliação pode
provocar na vida das escolas e (d) refletir sobre o impacto dos usos e
abusos da avaliação educacional.
A Sociedade Brasileira de
Educação Comparada agradece a editora da Revista Gestão em Ação e aos
demais responsáveis por este conceituado periódico pelo espaço
concedido para a publicação dos importantes trabalhos apresentados nas
páginas que se seguem. |
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