Editorial GA v5 n1 2002

 

Editorial
Robert E.Verhine
Diretor do Centro de Estudos
Interdisciplinares para o Setor Público (ISP/UFBA).

Presidente, SBEC

A importância da avaliação na arena das políticas públicas é, hoje em dia, inegável. É cada vez mais evidente a necessidade de informações, cientificamente embasadas, para promover transparência, garantir responsabilidade e subsidiar a tomada de decisões. Nos anos recentes, o papel imprescindível da avaliação tem ficado ainda mais evidente com o fortalecimento da idéia do estado regulador e a crescente utilização do mercado como mecanismo para alocar recursos econômicos e sociais. No campo da Educação, o papel da avaliação tem tornado especialmente marcante, tanto dentro do Brasil como fora dele, para assegurar padrões mínimos de eficiência, eficácia e efetividade. Tal ênfase na temática considera não apenas a avaliação do aluno na sala de aula, mas também a avaliação do sistema maior e do seu componente mais básico – a escola. Assim, tanto o foco da avaliação da educação (aluno, escola, sistema, etc.) como suas finalidades (julgar, fornecer feedback, fundamentar a escolha de políticas apropriadas, etc.) tem múltiplas expressões no cenário atual. As estratégias e metodologias associadas a cada foco, a cada finalidade, são também imensamente diversas. Portanto, para compreender o campo da avaliação educacional e contribuir para a melhoria e aperfeiçoamento das atividades nele envolvidas, é preciso avaliar a própria avaliação educacional, mapeando suas diferentes modalidades e abordagens e examinando os pontos positivos e negativos de cada uma, de forma analítica e critica.

Foi com o intento de contribuir para a avaliação da avaliação educacional que a Sociedade Brasileira de Educação Comparada-SBEC, em ação conjunta com a Agência de Avaliação UFBA/ISP-FAPEX, e com o apoio do Núcleo de Avaliação do ISP/UFBA, promoveu, no dias 29 e 30 de novembro de 2001, a Reunião Anual da SBEC, com o tema "Tendências Nacionais e Internacionais na Avaliação Educacional do Terceiro Milênio". Os nove artigos aqui publicados são produtos do referido encontro. Acho que o leitor vai concordar que, no seu conjunto, os textos atendem plenamente aos quatro objetivos formais do evento, que foram (a) discutir, em perspectiva comparada, as atuais tendências nacionais e internacionais na avaliação educacional, (b) apresentar experiências na área de avaliação educacional, (c) debater as alterações que a avaliação pode provocar na vida das escolas e (d) refletir sobre o impacto dos usos e abusos da avaliação educacional.

A Sociedade Brasileira de Educação Comparada agradece a editora da Revista Gestão em Ação e aos demais responsáveis por este conceituado periódico pelo espaço concedido para a publicação dos importantes trabalhos apresentados nas páginas que se seguem.

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